Por Abir Majid
Enquanto todos os humanos são criados nobres:
Depois o modelou;
então, alentou-o com Seu Espírito. Dotou a todos vós da audição, da visão e das
vísceras. Quão pouco Lhe agradeceis!
- Alcorão 32:9
Os profetas não são como nós. Sobre Muhammad (Paz e Bênçãos Sobre Ele),
lemos:
[21:107] E não te
enviamos, senão como misericórdia para a humanidade.
E,
[68: 4] PICKTHAL: E eis! tu és
de uma natureza tremenda.
[68: 4] SHAKIR: E certamente
você se conforma com a moralidade sublime.
Os profetas representam Deus nesta terra:
“Quem obedecer ao
Mensageiro obedecerá a Deus; mas quem se rebelar, saiba que não te enviamos
para lhes seres guardião.”
- Alcorão 4:80
“Em verdade, aqueles
que te juram fidelidade, juram fidelidade a Deus. A Mão de Deus está sobre as
suas mãos; porém, quem perjurar, perjurará em prejuízo próprio. Quanto àquele
que cumprir o pacto com Deus, Ele lhe concederá uma magnífica recompensa.”
- Alcorão 48:10
Vós que não os
aniquilastes, (ó muçulmanos)! Foi Deus quem os aniquilou; e apesar de seres tu
(ó Mensageiro) quem lançou (areia), o efeito foi causado por Deus. Ele fez para
Se provar indulgente aos fiéis, porque é Oniouvinte, Sapientíssimo.
- Alcorão 8:17
Os profetas são irmãos paternos (?):
Conforme recebido de Abu Hurayrah em Sahih al-Bukhari, "o
Mensageiro de Allah (saws) disse: "Tanto neste mundo quanto no outro, sou
o mais próximo de todos os povos a Jesus, o filho de Maria. Os profetas são
irmãos paternos; suas mães são diferentes, mas sua religião é uma só.”
-
Sahih Al-Bukhari, livro 4, no: 652,
Isso explicaria o significado da "filiação" espiritual de
Cristo e todos os mensageiros?
Bahá'u'lláh sobre o conceito mal-entendido da Divindade dos Profetas
(quando Deus fala através deles):
Ou tu ou outra pessoa disse: "Que o Surih de Tawhid seja
traduzido, para que todos possam conhecer e estar plenamente persuadidos de que
o único Deus verdadeiro não gera, nem é gerado. Além disso, os Babis acreditam
na sua ( de Bahá'u 'lláh) Deidade e Divindade.”
Ó Shaykh! Esta é a posição na qual a pessoa morre para si mesma e vive
em Deus. Divindade, sempre que Eu a menciono, indica Minha completa e absoluta
autonegação. Esta é a posição na qual Eu não tenho controle sobre minha própria
felicidade ou infortúnio, nem sobre minha vida ou minha ressurreição.
Ó Shaykh! Como os teólogos desta época explicam a resplandecente
glória que o Sadrah da Elocução irradiou sobre o Filho de ‘Imrán (Moisés) no
Sinai do Divino conhecimento? Ele (Moisés) ouviu atentamente a Palavra
pronunciada pela Sarça Ardente e a aceitou; contudo, os homens, em sua maioria,
estão privados do poder de compreender isso, uma vez que se ocupam de seus
próprios assuntos e mantêm-se alheios ao que pertence a Deus. Referindo-se a
isso, o Siyyid de Findirisk bem o disse: “Este tema mente alguma mortal pode
penetrar; nem mesmo a de Abú-Nasr ou Abú-‘Alí Síná (Avicena).” Que explicação
podem eles oferecer em relação ao que o Selo dos Profetas (Muhammad) – que
todos, exceto Ele mesmo, por Ele se sacrifiquem – disse?: “Vós, em verdade,
contemplareis Teu Senhor tal como contemplais a lua cheia em sua décima-quarta
noite.” O Comendador dos Crentes (Imame ‘Alí) – a paz esteja com ele – além
disso, declarou no Khutbiy-i-Tutunjúyyih: “Antecipai a Revelação Daquele que
conversou com Moisés na Sarça Ardente do Sinai.” Husayn, o filho de ‘Alí – a
paz esteja com ele – do mesmo modo disse: “Acaso será concedido a alguém além
de Ti uma revelação que não tenha sido concedida a Ti Mesmo – uma Revelação
cujo Revelador será Aquele que te Revelou. Cego é o olho que não Te vê!”
Palavras similares dos Imames – as bênçãos de Deus estejam com eles –
foram registradas e são amplamente conhecidas, tendo sido incorporadas a livros
dignos de fé. Abençoado é aquele que percebe, e fala a pura verdade. Feliz é
aquele que, ajudado pelas águas vivas da elocução d’Aquele que é o Desejo de
todos os homens, purificou-se das vãs fantasias e fúteis imaginações, e, em nome
do Possuidor de Todas as Coisas, o Altíssimo, arrancou os véus da dúvida e
renunciou ao mundo e a tudo o que nele existe, e dirigiu-se para a maior
Prisão.
Ó Shaykh! Nenhuma brisa pode comparar-se às brisas da Revelação
Divina, enquanto a palavra que é pronunciada por Deus brilha e relampeja como o
sol em meio aos livros dos homens. Feliz o homem que a descobriu, reconheceu-a
e disse: “Louvado sejas Tu, que és o Desejo do mundo, e graças sejam dadas a
Ti, ó Bem-Amado dos corações daqueles que Te são devotos!”
Os homens deixaram de perceber Nosso propósito nas referências que Nós
fizemos à Divindade e Deidade. Se o percebessem, erguer-se-iam de seus lugares
e bradariam: “Nós, verdadeiramente, pedimos perdão a Deus!” O Selo dos Profetas
– possam todas as almas, exceto a d’Ele, serem oferecidas em Seu nome – diz:
“Muitos são Nossos relacionamentos com Deus. Em um momento, Nós somos Ele e Ele
é Nós. Em outro momento, Ele é Ele e Nós somos aquilo que somos.”
À parte disso, por motivo não mencionaste as outras posições que a
Pena de Abhá desvendou? A língua deste Injuriado pronunciou, muitos dias e
noites, estas sublimes palavras: ”Ó Deus, meu Deus! Eu dou testemunho de Tua
unidade e Tua unicidade, de que Tu és Deus e de que não existe outro Deus além
de Ti. Foste perpetuamente santificado acima da menção de qualquer outro além
de Tu e do louvor a tudo o mais exceto Ti, e continuarás perpetuamente a ser o
mesmo que eras no início e desde sempre. Eu Te suplico, ó Rei da Eternidade,
pelo Maior Nome e pelos resplendores do Sol de Tua Revelação sobre o Sinai da
Elocução, e pelas ondas do Oceano de Teu conhecimento entre todas as coisas
criadas, para que bondosamente Me ajudes naquilo que Me atrairá para perto de
Ti e Me desprenderá de tudo exceto de Ti. Por Tua glória, ó Senhor de todos os
seres e Desejo de toda a criação! Eu gostaria de inclinar Meu rosto sobre cada
um dos locais de Tua terra, a fim de que ele pudesse Ter sido honrado por tocar
um local enobrecido pelos passos de Teus bem-amados!”
Pela retidão de Deus! As vãs fantasias privaram os homens do Horizonte
da Certeza e as fúteis imaginações os afastaram do Seleto Vinho Lacrado. Em
verdade Eu digo e em nome de Deus declaro: Este Servo, este Injuriado,
envergonha-Se de reivindicar para Si a mera existência, quanto mais aqueles
excelsos graus do ser! Todo homem de discernimento, enquanto caminha sobre a
terra, sente-se de fato envergonhado, visto estar plenamente consciente de que
a fonte de sua prosperidade, sua riqueza, sua força, sua exaltação, seu
progresso e seu poder é conforme ordenado por Deus, a própria terra que é
pisada pelos pés de todos os homens. Não pode haver dúvida de que quem tem
conhecimento desta verdade está purificado e santificado de todo orgulho,
arrogância e vaidade, Ele deu e dá agora testemunho, e Ele é verdadeiramente o
Onisciente, o Conhecedor de Tudo.
- Epístola ao Filho do Lobo
p.41-44
Quando eu contemplo, ó meu Deus, o relacionamento que me liga a mim,
sou movido a proclamar a todas as coisas criadas "verdadeiramente eu sou Deus"; e quando eu considero o
meu próprio eu, acho que é mais grosseiro que barro!
- O Kitáb-i-Aqdas, de
Bahá'u'lláh, p. 234 (nota 318)
Todo aquele que se afastou de Mim apegou-se às suas próprias palavras
vãs e com isso expressou suas objeções Àquele que é a Verdade. Deus
Misericordioso! As referências que foram feitas à Divindade e Deidade pelos
santos e eleitos de Deus tornaram-se motivo de negação e repúdio. O Imame Sádiq
disse: “Servidão é uma substância, cuja essência é a Divindade.” O Comendador
dos Crentes (Imame ‘Alí) assim respondeu a um árabe que lhe perguntara sobre a
alma: “ A terceira é a alma, que é divina e celestial. Ela é uma energia
divina, uma substância, elementar e auto subsistente.” E depois Ele – que a paz
esteja Consigo – disse: “Ela é, portanto, a Mais Sublime Essência de Deus, a
Árvore das Bênçãos, a Árvore Celestial além da qual não há passagem, o Jardim
do Repouso.” O Imame Sádiq havia dito: “Quando nosso Qá’im erguer-se, a terra
brilhará com a luz de seu Senhor.” Do mesmo modo, uma extensa tradição a Abí-‘
Abdi’lláh – que a paz esteja com ele – na qual estas sublimes palavras são
encontradas: “E então Ele, que é o Julgador – excelso e glorificado seja –
descerá das nuvens com os anjos.” E no poderoso Alcorão: “O que podem esses
esperar senão que Deus desça até eles envolto em nuvens?” E na tradição de
Mufaddal, diz-se: “O Qá’im apoiará Suas costas contra o Santuário, estenderá
Sua mão, e eis que ela será branca como a neve mas ilesa. E Ele dirá: ‘Esta é a
mão de Deus, a mão direita de Deus, que vem de Deus, por ordem de Deus!’”
Qualquer que seja o modo pelo qual estas tradições são interpretadas, desse
mesmo modo interpretou também aquilo que a Pena Mais Sublime enunciou. O
Comendador dos Crentes (Imame ‘Alí) disse: “Eu sou Aquele que não pode ser
nomeado nem descrito.” E do mesmo modo Ele disse: “Por fora sou um Imame; por
dentro, sou o Invisível, o Incognoscível.” Abú-Ja’fari-Túsí disse: Eu disse a
Abí’Abdi’lláh: ‘Tu és o Caminho mencionado no Livro de Deus, e tu és o Tributo,
e tu és a Peregrinação.’ Ele respondeu: ‘Ó homem! Nós somos o Caminho
mencionado no Livro de Deus – excelso e glorificado seja Ele – e Nós somos o
Tributo, e Nós somos o Jejum, e Nós somos a Peregrinação, e Nós somos o Mês
Sagrado, e Nós somos a Cidade Santa e Nós somos a Kaaba de Deus, e Nós somos o
Qiblih de Deus, e Nós somos a Face de Deus.’ “Jábir disse que Abú-Já’far – que
a paz esteja com ele – falou-lhe o seguinte: ”Ó Jábir! Dá ouvidos ao Bayán
(Exposição) e aos Ma’ání (Significados).” E – que a paz esteja com ele –
acrescentou: “Quanto ao Bayán, ele consiste em teu reconhecimento de Deus –
glorificado seja Ele – como Aquele que não tem igual, em tua adoração d’Ele e
em tua recusa de criar sócios para Ele. Quanto aos Ma’ání, Nós somos seu
significado, e seu lado, e sua mão, e sua língua, e sua causa, e seu comando, e
seu conhecimento, e seu direito. Se Nós desejamos algo, é Deus quem o deseja, e
Ele deseja aquilo que Nós desejamos. ” Além disso, o Comendador dos Crentes
(Imame ‘Alí) – que a paz esteja com ele – disse: “Como posso adorar um Senhor a
quem não vi?” E, em outro contexto, ele diz: “Coisa alguma percebi sem ter
percebido Deus dentro dela, Deus antes dela ou Deus depois dela.”
- Epístola ao Filho do Lobo p.111-114
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